Como a surdez é compreendida na concepção clínico-terapêutica?

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Como a surdez é compreendida na concepção clínico-terapêutica?

Como a surdez é compreendida na concepção clínico-terapêutica?

Na tradição clínico-terapêutica, a surdez é vista como uma —deficiência“ em relação à comunidade —ouvinte“, colocando os sujeitos surdos em desvantagem, se comparados à maioria da população (SKLIAR, 1988).

Qual é a visão clínica médica sobre os surdos qual é a visão sócio-antropológica sobre a surdez?

Para Viviane Oliveira (2017), a visão clínica-patológica desvaloriza as capacidades do surdo e o excluí, pois trata a surdez como doença em busca de uma cura, enquanto a visão sócio-antropológica compreende o sujeito por sua diferença e não na deficiência, respeitando sua língua e cultura.

O que é uma concepção Socioantropológica?

Pinto (2001) diz que a visão sócio-antropológica se expressa para que os sujeitos sociais valorizem, exponham suas diferenças e suas culturas específicas em busca de afirmação cultural. É um movimento social contra todas as ações que não consideram as diferenças da vida social.

O que foi o modelo clínico da surdez?

Em suma, o modelo clínico-terapêutico considera a surdez como deficiência, o surdo como anormal, como alguém que precisa ser curado através de implantes cocleares, próteses, e a correção dos defeitos da fala por meio da aprendizagem da língua oral. ...

O que é o modelo clínico-terapêutico?

O modelo clínico-terapêutico, preocupado principalmente com o diagnóstico e a reabilitação, reforça a visão de educação como método reabilitador colocado em cena a partir do diagnóstico médico, orientando a atenção para a cura do problema auditivo, correção de defeitos de fala e treinamento de habilidades como leitura ...

Qual é a diferença da visão clínica e a visão sócio Antropolico da surdez?

Ou seja, se pensada por um modelo clínico- terapêutico da surdez, a educação do sujeito surdo será em uma abordagem oralista – na escola para ouvintes. Já se a surdez for vista pela visão sócio-antropológica, aquela que precisa de uma educação bilíngue, esta se dará em uma escola para surdos com tal abordagem.

São elas a concepção clínico terapêutica e a concepção Socioantropológica?

São elas, a concepção clínico-terapêutica e a concepção holística. ... São elas, a concepção holística e a concepção socioantropológica. 8- O termo surdez é, atualmente, o indicado para nos remeter às pessoas com perdas auditivas e que se comunicam pela língua de sinais.

Qual a função do intérprete de Libras na educação?

O intérprete de Libras tem a função de ser o canal comunicativo entre o aluno surdo, o professor, colegas e equipe escolar. Seu papel em sala de aula é servir como tradutor entre pessoas que compartilham línguas e culturas diferentes. ... Seu contato com os alunos surdos não poderá ser maior que o do professor de sala.

Qual a prevalência da concepção de surdez?

Esta concepção de surdez foi e ainda é dominante e trouxe a prevalência de um modelo de educação que visava à cura ou a reabilitação do surdo, impondo-lhe a obrigação de falar, mesmo que tal processo negligenciasse a carga horária prevista para o desenvolvimento do currículo.

Qual a concepção dos surdos?

A concepção era de que os surdos deveriam ser submetidos a experiências que pudessem provar que tais poderiam ser curados da patologia. Um exemplo foi Itard que usou até sanguessugas nos tímpanos dos surdos com o intuito de “abrir” o canal auditivo, levando um de seus pacientes à morte devido infecção.

Por que a surdez pode ser vista como deficiência?

A surdez pode ser vista como deficiência – o que gera um olhar “clínico-terapêutico”; ou como uma diferença – representada pelo modelo “sócioantropológico”. E essas diferentes visões e formas de representar a surdez deixaram – e ainda deixam – marcas na educação e na vida dos surdos.

Qual a definição da pessoa surda?

Segundo o Decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005, em seu artigo 2º: Considera-se pessoa surda àquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais – Libras.

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