Como um ruído de chocalhos para além da curva da estrada os meus pensamentos são contentes só tenho pena de saber que eles são contentes porque se o não soubesse em vez de serem contentes e tristes seriam alegres e contentes?
Índice
- Como um ruído de chocalhos para além da curva da estrada os meus pensamentos são contentes só tenho pena de saber que eles são contentes porque se o não soubesse em vez de serem contentes e tristes seriam alegres e contentes?
- Quando esfria no fundo da planície?
- Quando me sento a escrever versos ou passeando pelos caminhos ou pelos atalhos escrevo versos num papel que está no meu pensamento sinto um cajado nas mãos e vejo um recorte de mim no cimo dum outeiro olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias?
- O que diz o vento que passa?
- O que penso eu do mundo?
- Qual a postura de Alberto Caeiro quanto à maneira de aprender a realidade?
- O que vale a minha vida Caeiro?
- Que metafísica tem aquelas árvores?
- Como Alberto Caeiro é conhecido?

Como um ruído de chocalhos para além da curva da estrada os meus pensamentos são contentes só tenho pena de saber que eles são contentes porque se o não soubesse em vez de serem contentes e tristes seriam alegres e contentes?
Como um ruído de chocalhos Para além da curva da estrada, Os meus pensamentos são contentes. Só tenho pena de saber que eles são contentes, Porque, se o não soubesse, Em vez de serem contentes e tristes, Seriam alegres e contentes. Pensar incomoda como andar à chuva Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Quando esfria no fundo da planície?
"Mas eu fico triste como um pôr de sol (...) quando esfria no fundo da planície e se sente a noite entrada como uma borboleta pela janela", escreveu Alberto Caeiro, um dos heterônimos do poeta português Fernando Pessoa. ... Perto dele, ninguém tem a liberdade de estar triste. Perto dele todo mundo precisa estar alegre.
Quando me sento a escrever versos ou passeando pelos caminhos ou pelos atalhos escrevo versos num papel que está no meu pensamento sinto um cajado nas mãos e vejo um recorte de mim no cimo dum outeiro olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias?
Quando me sento a escrever versos Page 2 Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos, Escrevo versos num papel que está no meu pensamento, Sinto um cajado nas mãos E vejo um recorte de mim No cimo dum outeiro, Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas idéias, Ou olhando para as minhas idéias e vendo o meu rebanho, ...
O que diz o vento que passa?
Que te diz o vento que passa?» ... O vento só fala do vento. O que lhe ouviste foi mentira, E a mentira está em ti.»
O que penso eu do mundo?
Frase de Fernando Pessoa “O que penso eu do mundo? Sei lá o que penso do mundo! Se eu adoecesse pensaria nisso.”
Qual a postura de Alberto Caeiro quanto à maneira de aprender a realidade?
Caeiro é Mestre e Criador do Sensacionismo, filosofia que preza viver profundamente as sensações, afirmando que é preciso “saber ver sem estar a pensar”, sem tentar “encontrar um sentido às coisas”, porque “as coisas não têm significado: tem existência”.
O que vale a minha vida Caeiro?
FERNANDO PESSOA - ALBERTO CAEIRO - O QUE VALE A MINHA VIDA? Um diz: ganhei trezentos contos, Outro diz: tive três mil dias de glória, Outro diz: estive bem com a minha consciência e isso é bastante...
Que metafísica tem aquelas árvores?
Que metafísica têm aquelas árvores? A de serem verdes e copadas e de terem ramos E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar, A nós, que não sabemos dar por elas.
Como Alberto Caeiro é conhecido?
Tem mais depois da publicidade ;) Alberto Caeiro, in 'O Pastor Amoroso'. Entre os heterônimos de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro é considerado o mestre, aquele, conforme a definição de seu criador, que escreve “por pura e inesperada inspiração, sem saber ou sequer calcular que iria escrever”.