Como eram os manicômios antes da reforma psiquiátrica?

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Como eram os manicômios antes da reforma psiquiátrica?

Como eram os manicômios antes da reforma psiquiátrica?

Os doentes mentais eram tratados como animais, vivendo em condições desumanas, dormindo sobre capim sujo de fezes e urina. Se as medidas farmacológicas não fossem suficientes, a terapia de choque e a lobotomia eram feitas, sem qualquer aprovação das famílias, daqueles que ainda as tinham.

Que funções exerciam os hospícios antes da reforma psiquiátrica?

Asilo de alienados, quartel de polícia, hospital psiquiátrico, hospício, asilo de mendicidade e casa de correção tinham como função principal realizar a exclusão social do louco, garantindo que ele não ficasse perambulando pela rua, à vista dos passantes, o que era incompatível como nosso pretenso grau de civilidade.

Como era a saúde mental antigamente?

O doente mental passou a ser visto como um possuído pelo demônio, dessa forma o tratamento antes humanitário foi mudado para: - Espancamentos, - Privação de alimentos, - Tortura generalizada e indiscriminada, - Aprisionamento dos doentes para que estes se livrassem dessa possessão.

O que mudou nos manicômios?

Foi a reforma psiquiátrica (Lei 10.216, de 2001), que teve como marca registrada o fechamento gradual de manicômios e hospícios que proliferavam país afora. A Lei Antimanicomial, que promoveu a reforma, tem como diretriz principal a internação do paciente somente se o tratamento fora do hospital se mostrar ineficaz.

Qual a finalidade dos primeiros hospitais psiquiátricos e quem eles atendiam?

As instituições para loucos, ao decorrer da história, receberam diversas denominações tais como hospícios, asilos, manicômios, hospitais psiquiátricos; mas independente do nome como eram conhecidas, todas elas tinham a mesma finalidade: esconder o que não se desejava ser visto.

Qual o objetivo das instituições manicomiais?

As instituições manicomiais, portanto, exerciam a função social de disciplinar corpos e comportamentos. Era uma tecnóloga de poder que visava a atender aos padrões de civilidade produzidos na modernidade.

Como eram explicados os processos patológicos de saúde mental na antiguidade?

Na antigüidade pré-clássica, as doenças eram explicadas como resultantes da ação sobrenatural; a partir de 600 a.C., os filósofos gregos trouxeram a idéia organicista da loucura e até o começo da Idade Média o tratamento dispensado era de apoio e conforto aos doentes mentais.

Como eram vistos os problemas mentais a tempos atrás?

Como os transtornos mentais foram vistos ao longo da humanidade. Na Antiguidade grega, a loucura tinha um caráter mitológico que se misturava à normalidade. Num tempo em que a noção de passado era vaga, a escrita inexistia e os deuses decidiam tudo, o “louco” era uma espécie de ponte com o oculto.

Qual a sua influência na Reforma psiquiátrica?

Sua atuação foi de grande influência na reforma vivenciada pelo Brasil, onde, também no final da década de 70, profissionais da saúde mental denunciaram as condições dos hospitais psiquiátricos, dando início ao movimento pela Reforma Psiquiátrica.

Por que a Reforma psiquiátrica avança?

Compreendida como um conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais, é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o processo da Reforma Psiquiátrica avança, marcado por impasses, tensões, conflitos e desafios.

Que coisa mudou na psiquiatria nas últimas décadas?

Muita coisa mudou na psiquiatria nas últimas décadas. Contamos os progressos e as perspectivas em terra brasileira Rio de Janeiro, 1944. Quando soube que um dos internos do Hospital Pedro II estava encarcerado havia mais de dois dias numa cela, a médica Nise da Silveira (1905-1999) correu para libertá-lo.

Quando começou o movimento da Saúde Mental no Brasil?

No Brasil, tal movimento inicia-se no final da década de 70 com a mobilização dos profissionais da saúde mental e dos familiares de pacientes com transtornos mentais. Esse movimento se inscreve no contexto de redemocratização do país e na mobilização político-social que ocorre na época.

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